Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é
a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea,
não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de
erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao
completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam
ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem
arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de
curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido
lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado
que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições
das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as
patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas.
Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado
acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há
como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a
cura?
No verão antes de serem curadas da habilidade para amar, as melhores
amigas Lena e Hana começam a se afastar. Enquanto Lena evita música
underground e festas com garotos, Hana pula em sua última chance de
experimentar o proibido. Para ela, esse verão é cheio de música
selvagem, dança – e até mesmo seu primeiro beijo.
Mas na superfície, Hana precisa ser um modelo de comportamento
perfeito. Ela encontra seu par aprovado, Fred Hargrove, e vislumbra a
vida segura, confortável que ela terá com ele quando casarem. À medida
que a data de sua cura se aproxima, Hana sente falta desesperadamente de
Lena, se pergunta como é estar verdadeiramente apaixonada, e está
simultaneamente apavorada em se rebelar e se encaixar nos padrões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário